quarta-feira, agosto 30, 2006

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Queria ser nada para viajar pelo escuro e ouvir o coraçãozinho dele a bater. Para o ouvir falar sozinho, escutar os seus sonhos, compreendê-los. Queria ser nada para ouvir os acordes da viola, só os dois, e milhões e milhões de estrelas. Queria ser nada para poder estar com ele. E aí seria tudo.




[Voltei.]

quarta-feira, agosto 23, 2006

Fui embora. Adeus*.

terça-feira, agosto 22, 2006

muitas vezes o silêncio diz tudo.

as pessoas, porém, não param para o escutar.


(suspiro.)



[E tu insistes em não o ouvir...]

terça-feira, agosto 15, 2006

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Fujo ao vazio. Escondo-me nas entranhas da solidão. E perco-me no infinito nada.

sexta-feira, agosto 11, 2006

[.]

Encostei os joelhos ao peito, sustive a respiração e deixei-me estar assim, no escuro. O silêncio era ensurdecedor. Gritava-me ao ouvido colcheias, semínimas, mínimas de sofrimento. De dor. Só queria morrer. Aos poucos e poucos deixei entrar o nada. O vazio. Apoderou-se de mim. Cá dentro soltou-se um grito, mudo, de desespero. Doía-me a garganta de berrar. Por solidão. Pedia solidão como quem pede pão para comer. Precisava dela. Sôfregamente. Desesperadamente. Doía-me o rosto. As gotas de chuva percorriam-no e queimavam-no, qual ácido. E doía-me o peito. Uma dor aguda, forte. O coração contraía, contraía, contraía. Até ficar pó. Até ser muito pouco. Ou nada o que é quase a mesma coisa. "É isto, morrer?"

quarta-feira, agosto 09, 2006

Há dias em que o céu fica escuro demais. O silêncio ensurdece. A solidão aparece. E insiste em ficar. Insiste em furar o coração dos pequeninos. Em meter-se lá para dentro, apoderar-se deles, e não mais sair. Há alturas em que as estrelas não brilham. E o mundo desaba sobre nós. E pomos "aquele" sorriso na cara. Falso. Amarelo. Estúpido. Vazio. E pedimos por tudo uma estrela que nos ilumine. Serve qualquer uma. Pode mesmo ser pequenina e nem sequer ser perfeita. Basta ser estrela. Basta sabermos da sua existência. Para termos força para enfrentar os obstáculos da vida. Para irmos em frente. Ou desistir. Ou dizer aquilo que tem de ser dito. Basta uma estrela.



[Desculpa, João. Não vais perceber porquê. Mas talvez um dia...]