segunda-feira, dezembro 26, 2005

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Mantiveste-me toda a noite acordada. Passeavas-te entre o meu pensamento e o coração, não me deixando descansar. Já me começo a acostumar a estas tuas visitas inesperadas. Chegas não sei bem de onde e viajas assim, de um lado para o outro, mantendo-me acordada. Então, fazes-me pegar em papel e tinta. E sussuras as letrinhas que te vêm à cabeça suavemente ao meu ouvido. Escrevo tudo o que dizes. Mas não é simples, sabes? Dói. Dói, aqui dentro, neste cantinho escuro a que chamam coração. Porque ao juntar as letrinhas formam-se palavras. Aí percebo o que dizes. Dizes que não me amas...