sábado, janeiro 28, 2006

Overdose de Solidão

Aqui tudo continua. O Tempo não pára. O mundo não avança. O silêncio toma conta da vida, que há muito deixou de ser assim chamada. Fazes-me falta. Estendo a mão em busca da tua, como outrora fazia, mas apenas há vazio. Ouço o silêncio. Da noite. Da dor. Da saudade. Sim, da saudade, que insiste em permanecer agarrada à minha pele, qual tatuagem já não desejada. Tal como o teu nome, que continua a ecoar na minha mente, como acontecia no Tempo de felicidade. Oh, e onde Ele vai já, o Tempo de felicidade. Está tão longe como tu. Só tenho agora recordações Dele. E como dói relembrar. Abrir de novo a ferida que, após tanto Tempo, continua sem cicatrizar... Como dói não poder voltar atrás... sabendo que tudo podia ser diferente. Que podias estar aqui... Dói, gritar o teu nome em vão.Tentar alcançar algo que (já) não me pertence... Dói saber-te longe... Quando te queria aqui...

E esta parece ser apenas mais uma noite de overdose de solidão.

domingo, janeiro 15, 2006

Desabafos...

E hoje a esperança morreu. Desligaste a máquina que ainda a mantinha viva. (Ou terei sido eu que, num desejo sôfrego de acabar com a minha dor, o fiz?...) E com ela morreu tudo o que ainda restava. Se ainda gosto de ti? Sim, gosto. Muito. Um sentimento desses não acaba assim, de um dia para o outro. Leva tempo. Mais do que eu gostaria. Mas mais cedo ou mais tarde acaba por morrer. Mas isso não importa mais. A esperança já morreu. Agora, é só uma questão de tempo...
**-**

Desculpa, miúdo. Por ter acreditado durante tanto tempo que havia lugar para mim na tua vida.Por ter chorado quando me pediste para não o fazer. Desculpa, miúdo. Por ter sorrido com os teus sorrisos. Por manter ainda as tuas palavras presas no coração (mesmo aquelas que fazem doer.) Desculpa, miúdo.Por ter estado ao teu lado mesmo quando não precisavas. Por continuar a chamar-te miúdo mesmo depois de dizeres que não querias. Desculpa, miúdo. Por ter acreditado que um dia ia acontecer. Por me ter apaixonado. Desculpa, miúdo. Por tentar descobrir o mundo para além dos teus olhos. Quando não havia nada para descobrir. Para EU descobrir. Desculpa, miúdo. Por tudo.